A osteoporose é uma doença que causa fragilidade dos ossos e é mais comum em mulheres acima dos 45 anos. Com o avançar da idade e com o aumento da fragilidade óssea pode causar fraturas, na coluna vertebral e costelas, na região do punho, próximo ao ombro, na bacia incluindo o fêmur.
O osso vai se remodelando durante a vida, ou seja, existe formação de osso novo e retirada do osso velho. Durante a juventude, especialmente até os 20 anos de idade aumentamos muito a massa óssea e garantimos um estoque que nos acompanhará durante toda a vida.
Existem células especializadas em absorver a parte mineral do osso (osteoclastos) e células especializadas em depositar o osso o que foi reabsorvido (osteoblastos).
Estas células que depositam tecido ósseo de regeneração necessitam de cálcio e da vitamina D.
A primeira etapa da degeneração óssea é chamada de osteopenia, neste momento há um desequilíbrio entre a ação das células de absorção e as células de regeneração. Então, a velocidade de absorção fica maior que a velocidade de depósito de osso novo.
Nas mulheres que estão próximas da menopausa começa a haver um desequilíbrio hormonal que interfere de forma decisiva na perda e ganho da massa óssea. Isto se deve a queda acentuada do estrógeno, hormônio muito importante na fixação do cálcio no osso.
Nos homens a osteoporose ocorre de forma mais lenta, até por volta dos 40 anos há uma proteção natural devido aos níveis normais de testosterona. A partir dos 40 anos pode haver uma diminuição progressiva e lenta deste hormônio e o homem irá desenvolver a osteoporose, porém, um pouco mais tarde que a mulher.
Outro tipo de osteoporose é aquela conhecida como osteoporose secundária, que ocorre quando existem outros problemas de saúde que levam a perda de cálcio como doenças renais, endocrinológicas, ou com o uso abusivo de determinados medicamentos.
O tabagismo é uma grande ameaça por destruir as células que formam o osso.
Os principais fatores que contribuem para a ocorrência de osteoporose são:
Carência de cálcio
Carência de vitamina D
Sedentarismo
Predisposição genética
Abuso de álcool
Tabagismo
Menopausa
Uso prolongado de medicamentos à base de corticoides
Diabetes
Disfunções na tireoide
Como prevenir
Ingerir cálcio: 1.000 miligramas diariamente – o equivalente a quatro porções lácteas. Existem outros nutrientes que tem cálcio como o brócolis e folhas verde-escuras, mas o cálcio é mais abundante em leite e derivados.
Ingerir vitamina D. Ela ajuda na absorção mineral 400 a 600mg/dia. É muito importante o banho de sol, pois a vitamina D é sintetizada na pele a partir da ação dos raios solares.
Exercícios aeróbicos com certo grau de impacto, estimulam a formação de massa óssea. Esses exercícios também estimulam o ganho de massa muscular, um fator que ajuda a diminuir o risco de quedas.
O diagnóstico
A osteoporose não dá sinais para o paciente. Assim, o médico baseado na idade, peso, altura, histórico familiar e investigação dos hábitos da vida diária, irá formular a hipótese diagnóstica.
Mas a confirmação da doença é feita por um exame chamado densitometria óssea, que permite avaliar a densidade do osso que é expressada em valores proporcionais a idade.
O tratamento
A primeira orientação é ajustar a dieta e adequar a ingestão de cálcio e de vitamina D. Se os alimentos não forem suficientes é realizada a suplementação.
Nos pacientes com diagnóstico de osteoporose apenas a adequação da dieta será insuficiente e é necessário o uso de medicamentos específicos.