“Neste instante, esteja você onde estiver, há uma casa com o seu nome.
Você é o único proprietário, mas faz tempo que perdeu as chaves.
Por isso, fica de fora, só vendo a fachada. Não chega a morar nela.
Essa casa, teto que abriga suas mais recônditas e reprimidas lembranças, é o seu corpo”.
“Se as paredes ouvissem…” Na casa que é o seu corpo, elas ouvem. As paredes que tudo ouviram e nada esqueceram são seus músculos.
O corpo nunca esquece o que aconteceu.
Na rigidez, crepitação, fraqueza e dores dos músculos das costas, pescoço, diafragma, coração e também do rosto de do sexo, está escrita toda sua história, do nascimento até hoje.
Sem perceber, desde os primeiros meses de vida, você reagiu a pressões familiares, sociais, morais:
“Ande assim… Não se mexa… Tira a mão daí… Fique quieto… Faça alguma coisa. Vá depressa… Onde você vai com tanta pressa…?”
Atrapalhado, você dobrou-se como pode. Para conformar-se, você se deformou.
Seu corpo de verdade – harmonioso, dinâmico e feliz por natureza – foi sendo substituído por um corpo estranho, que você aceita com dificuldade, e que no fundo você rejeita…
E o que fazer para arrumar a casa? Essa casa onde você mora?
A palavra de ordem é: movimentar-se… Fazer as pazes com seu corpo, tratar a rigidez, reestabelecer a força. Há várias maneiras para isso, diversas e variadas atividades. Procure a sua, encontre a que lhe proporcione mais prazer… Não é difícil, nem doloroso, basta começar.